GRUPO BALINT DE PSICANÁLISE/AUTO-EXPOSIÇÃO PERMANENTE
A ideia do grupo Balint veio de uma pesquisa sobre a prática do grupo Balint, que foi promovido pelo Psicanalista Michael Balint. Eu particularmente, não gosto do termo “supervisão”, por parecer que é uma super visão de algo, que penso que ao levarmos nossos casos críticos e em geral para nossos supervisores, não tenha de fato de obter uma super visão e sim uma segunda opinião. Porém mais do que uma segunda opinião, ou supervisão, penso que é mais interessante e necessário, uma exposição permanente do analista, para um outro analista. Quanto mais formos transparentes em nossa prática clínica, menos risco correremos de está fazendo algo fora dos parâmetros da psicanálise.
A ideia do grupo, não é, eu ou alguém supervisionar o trabalho do analista e sim, todos nós nos implicarmos, nos expor permanentemente e ouvirmos considerações de outros analistas sobre o fazer da clínica. A proposta do grupo é, todos expor seu fazer clínico trabalhando a contratransferência do psicanalista, nos casos clínicos. Será um meio de aprendermos um com os outros, um confirmar o “fazer” clínico do outro e acima de tudo nos implicarmos na contratransferência.
OBJETIVOS DO GRUPO
QUEM FOI O CRIADOR DOS GRUPOS BALINT DA DÉCADA DE 50?
Michael Balint
(1896 – 1970)
"Psicanalista e bioquímico húngaro, formou-se em medicina em 1918, com uma brilhante carreira, qualificando-se em neuropsiquiatria, filosofia, química, física e biologia.
Analisou-se com Hanns Sachs. Insatisfeito com essa análise, Balint vai terminá-la com Sándor Ferenczi e torna-se seu aluno, amigo e sucessor. Lança as bases teóricas do que mais tarde irá se constituir no terceiro grupo ou Grupo Independente (os outros dois são os freudianos e os kleinianos). Foi presidente da Sociedade Psicanalítica Britânica.
Torna-se consultor psiquiatra da Clínica Tavistock (1950-1961), trabalhando na supervisão de grupos clínicos e desenvolve uma prática médica de treinamento conhecida como Grupo Balint. Neste, as experiências de todos eram discutidas, com ênfase na relação médico-paciente. Os doutores eram estimulados a examinar suas próprias emoções, desde o diagnóstico até a terapêutica e o prognóstico, pois Balint entendia que todos os momentos dos atos médicos estão impregnados de sentimentos, tanto úteis quanto prejudiciais ao doente.
Sua técnica inclui um analista acolhedor, não intrusivo, interessado em conduzir o processo analítico pela via da regressão terapêutica, pela qual o analista vai procurar reparar as falhas do objeto primário e do ambiente até a ocorrência do novo começo.
Balint, é um psicanalista, eminentemente clínico, que se preocupou com a relação do analista/analisando."
Referência:
Esta resenha sobre o psicanalista Balint, foi elaborada por Ângela Harary, psicanalista em formação pelo Instituto da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo.
Fonte: Federação Brasileira de Psicanálise
Michael Balint / Biografias / Publicações | FEBRAPSI - Federação Brasileira de Psicanálise
Nenhum comentário:
Postar um comentário